Wednesday, May 28, 2008

Monday, May 19, 2008

Eternal Sunshine of a Spotless Mind

Toda noite durmo com você. Quer dizer, não com você propriamente dito, mas com sua blusa. Que, assim como você, também é feita de azul.
Só fui reparar isso outro dia desses.
Curioso isso...já faz tanto tempo que estamos separados, e ainda é você quem esquenta meu sono.
Talvez você esteja mais dentro de mim do que eu imaginava.
E talvez meu caminho seja mais longo do que eu gostaria.
Então tá né...esse tipo de coisa a gente não escolhe. Só aceita e segue em frente.

Saturday, May 17, 2008

Vale a pena ver de novo

Ando meio decepcionada com o cinema francês. Não sei se minhas escolhas não têm sido acertadas, ou se realmente não tem nada de novo tão interessante assim. Até Audrei Tatou me decepcionou, no sonolento: "Dieu est si grand, et je suis tout petite", ou quelque chose comme ça. Primeiro filme que assisto com ela que não me dá vontade de ver e rever over and over again.
Os destaques, a meu ver, têm ficado com o cinema alemão. Dos últimos filmes que assisti (e olha que não foram poucos!) os melhores foram produzidos na sisuda Deutschland. Filmes muito bons, filmaços mesmo, daqueles que vale a pena perder um compromisso pra terminar de assistir: Das Leben der Anderen e Black Book.
Ambos foram premiados em importantes festivais (Oscar de melhor filme estrangeiro e Festival de Cinema de Veneza, respectivamente); discorrem sobre as traumáticas experiências de guerra e pós-guerra enfrentadas pela nação germânica, e são permeados por belas e intensas histórias de amor.
Partilham, também, da mesma lição: o velho dito de que na guerra, assim como no amor, os maiores sofrimentos advêm da traição.

Friday, May 9, 2008

Reflexão

- Olá!
- Ei, o que você está fazendo aqui, dentro da minha bolha?
- Mania essa a tua de sair para espiar o mundo lá fora. Na volta, deixou uma fresta; te segui e entrei, simples assim.
- Que inconveniente! Não vê que estou no meu canto, encasulada, incubando?
- Por isso que vim. Para conferir como vai o teu processo. Tu, com tua mente semi-psicanalista, meso-existencialista, achastes que a via tântrica era assim tão fácil como meia dúzia de ásanas?
- Por algum lugar eu havia de começar!
- Ah, naïve! Essa transformação é muito mais profunda...vai mexer com teus alicerces, desafiar tuas crenças, levar-te para um lugar sem seguranças e certezas!
- E não me julgas então capaz?
- Julgo sim. De fato, acho que és a mulher com o maior nível de inteligência intelectual e emocional que já conheci. A escolha é tua, acho que estás no caminho certo, mas ainda não formulastes a tua resposta. Estás disposta a perder o controle? A deixar o universo agir por sua própria vontade, e aceitar as consequências com um mínimo de resignação?
- ...
- Em que pensas?
- Penso que você deveria ir embora. Não há oxigênio suficiente nesta bolha para nós duas.

Friday, May 2, 2008

Illusions perdues

"Il y a donc je ne sais quoi de curitibainne dans cet hiver", diria Balzac, se tivesse se promenado por estas bandas de cá no início de Maio.