Uma das métricas para identificar que estamos amadurecendo é quando conseguimos aceitar nossas limitações de maneira tranquila. Quando mais jovens, tendemos a ter uma necessidade e uma urgência muito grande em se provar. Para si mesmo, para a família, para a turma...
À medida em que nossa auto-estima e auto-confiança se fortalecem, bem-estar mental e consciência tranquila passam a ser as variáveis mais importantes da tão sonhada felicidade. Nosso conceito de si mesmo torna-se o componente com maior peso dessa equação. Sem utopias: não somos uma ilha, e a opinião dos que nos cercam com certeza influenciam, mas já não são mais os únicos fatores que determinam se vamos nos sentir uma pessoa realizada, completa, feliz ou não.
Sei que estou amadurecendo. Já deixei de dar tanta importância à maneira como os outros me enxergam. Sei bem a dor e a delícia de ser o que eu sou, e aceito. Estou saindo de um período de hibernação em minha "bolha", e isso foi fundamental para aumentar meu auto-conhecimento e fazer as pazes com algumas emoções represadas dentro de mim. Nossa mente às vezes nos prega peças, fixando-se em determinados assuntos com o intuito único e mesquinho de dissimular pensamentos mais importantes que causariam incômodo maior ao "eu" consciente. Foi preciso muita coragem para deixar de lado minhas muletas mentais, e me encarar de frente, de rosto lavado e armas depostas.
Ainda estou no meio do caminho. O mais importante, porém, já fiz: tomei a decisão. Agora é só ter calma e continuar na linha reta.
Gostaria de ser menos vulnerável, característica essa que destoa da imagem que os outros têm de mim. Digo, os outros que conhecem só minha superfície. A mulher responsável, educada, competente, independente, sempre em movimento, com um sorriso no rosto e idéias fluindo pela cabeça. Só eu sei o quanto me custa me manter de pé. Inquebrável, porém vulnerável. Lutando contra o vento, que insiste em me testar.
O que me consola é saber que o saldo está positivo, e ainda tenho o mundo inteiro me esperando pela frente.
Monday, September 29, 2008
Sunday, September 28, 2008
Thursday, September 25, 2008
Thank you
Acordei com o perfume suave de lírios
Acariciando minha alma e me despertando um bom dia.
Não ligue se as relações não são como queria;
Pois, garanto, os sentimentos são muito maiores do que imagina.
E teus carinhos me agradam demais!
Minha casa estava uma bagunça
De copos, fumos, doces e pratos.
A risada ainda ecoava pelo ambiente
De uma amiga borbulhante, verdadeira, irmã.
Sustento quando caio, broncas quando esmoreço, diversão o tempo todo!
Faltou uma presença autista
Companheira de sonhos, escritas e surtos.
Mesmo longe, sempre perto
Espelho de mim, risadas garantidas
Mesmo quando, sai fora!
Amigo de verdade é assim
Está sempre lá,
Whenever we both need,
As long as we shall live.
Obrigada por fazerem parte da minha vida!
Minhas conquistas não seriam tão saborosas, nem minhas quedas tão suaves, se eu não pudesse dividi-las com vocês.
Acariciando minha alma e me despertando um bom dia.
Não ligue se as relações não são como queria;
Pois, garanto, os sentimentos são muito maiores do que imagina.
E teus carinhos me agradam demais!
Minha casa estava uma bagunça
De copos, fumos, doces e pratos.
A risada ainda ecoava pelo ambiente
De uma amiga borbulhante, verdadeira, irmã.
Sustento quando caio, broncas quando esmoreço, diversão o tempo todo!
Faltou uma presença autista
Companheira de sonhos, escritas e surtos.
Mesmo longe, sempre perto
Espelho de mim, risadas garantidas
Mesmo quando, sai fora!
Amigo de verdade é assim
Está sempre lá,
Whenever we both need,
As long as we shall live.
Obrigada por fazerem parte da minha vida!
Minhas conquistas não seriam tão saborosas, nem minhas quedas tão suaves, se eu não pudesse dividi-las com vocês.
Sunday, September 21, 2008
Déjà vu II
Tu t'en vais, déjà?
Mais tu reviens demain, comme toujours...?
Je sais bien qui tu ne me quitterais jamais.
C'est que de la mélancolie - ne t'inquiete pas avec moi.
Je t'attendre, donc.
Mais tu reviens demain, comme toujours...?
Je sais bien qui tu ne me quitterais jamais.
C'est que de la mélancolie - ne t'inquiete pas avec moi.
Je t'attendre, donc.
Wednesday, September 17, 2008
Sunday, September 14, 2008
Pequeno conto de amor
A índia, ajoelhada no campo de batalha, velava com olhos úmidos seu amante espanhol encharcado em sangue, que com inútil desespero buscava afastar de si o hálito frio da morte.
Tanta submissão, tanto apego, deveras amor...
A bela índia murmurava em quéchua uma oração sagrada aprendida com seus ancestrais incas, em vã tentativa de salvar a alma daquele que aprisionou seu coração. Abandonando seu povo e sua terra, seguiu-o desde o Peru até o Chile, incansável por entre desertos e guerras, e seguiria-o até o fim dos mundos, se ele assim o quisesse e os deuses permitissem.
Os gritos ferozes da guerra lhe trouxeram de volta à realidade. Não havia tempo para mais; despediu-se com um longo beijo de seu amado, e deixou-se cair sobre ele. Ao ouvir o selvagem mapuche se aproximando, em um gesto de derradeira submissão, ergueu os olhos ao céu e agradeceu a presença daquele que a levaria de encontro ao seu eterno amor.
Tanta submissão, tanto apego, deveras amor...
A bela índia murmurava em quéchua uma oração sagrada aprendida com seus ancestrais incas, em vã tentativa de salvar a alma daquele que aprisionou seu coração. Abandonando seu povo e sua terra, seguiu-o desde o Peru até o Chile, incansável por entre desertos e guerras, e seguiria-o até o fim dos mundos, se ele assim o quisesse e os deuses permitissem.
Os gritos ferozes da guerra lhe trouxeram de volta à realidade. Não havia tempo para mais; despediu-se com um longo beijo de seu amado, e deixou-se cair sobre ele. Ao ouvir o selvagem mapuche se aproximando, em um gesto de derradeira submissão, ergueu os olhos ao céu e agradeceu a presença daquele que a levaria de encontro ao seu eterno amor.
Monday, September 8, 2008
Sunday, September 7, 2008
TPM no trânsito
Estimado colega de percurso,
Acho o máximo que você goste de passear. De verdade. Mas será que daria pra fazer isso num local mais apropriado, digamos, num parque, e a pé?
Fico feliz em saber que você gosta de dirigir com uma velocidade mínima tal, que a senhorita Daisy se sentiria muito tranquila em ser conduzida pela sua pessoa. Isso evita o stress e faz bem para o coração.
A sua calma na direção em plena Silva Jardim às quinze para as nove da manhã denota que ou você é bem de vida e temas mundanos como chegar na hora ao trabalho não pertencem à sua esfera de preocupações, ou é uma pessoa organizada e bem planejada que saiu com bastante antecedência da sua casa a tempo de poder vagar pelas ruas, sem pressa, a caminho do seu compromisso, e ainda chegar lá a tempo de tomar um cafezinho enquanto espera. Como o meu caso (infelizmente) não se enquadra nem na primeira, nem na segunda situação, permita-me uma perguntinha inofensiva: o que você tem contra a pista da direita??
Atenciosamente,
A moça boazinha e simpática que está dirigindo o carro atrás do seu.
Acho o máximo que você goste de passear. De verdade. Mas será que daria pra fazer isso num local mais apropriado, digamos, num parque, e a pé?
Fico feliz em saber que você gosta de dirigir com uma velocidade mínima tal, que a senhorita Daisy se sentiria muito tranquila em ser conduzida pela sua pessoa. Isso evita o stress e faz bem para o coração.
A sua calma na direção em plena Silva Jardim às quinze para as nove da manhã denota que ou você é bem de vida e temas mundanos como chegar na hora ao trabalho não pertencem à sua esfera de preocupações, ou é uma pessoa organizada e bem planejada que saiu com bastante antecedência da sua casa a tempo de poder vagar pelas ruas, sem pressa, a caminho do seu compromisso, e ainda chegar lá a tempo de tomar um cafezinho enquanto espera. Como o meu caso (infelizmente) não se enquadra nem na primeira, nem na segunda situação, permita-me uma perguntinha inofensiva: o que você tem contra a pista da direita??
Atenciosamente,
A moça boazinha e simpática que está dirigindo o carro atrás do seu.
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