Quase fim de semana...

Ao ler no clipping da empresa o título de uma notícia que falava sobre um novo lançamento de lácteos voltado para crianças, minha mente hiperativa e cansada me transmitiu a seguinte mensagem:

"Nestlé sufoca crianças a partir de 6 meses!"

Óoobveo que o "su" foi derivado da minha imaginação. A querida concorrente está apenas lançando uma nova bebida destinada a bebês a partir da primeira idade.

Mas foi o suficiente para me dar uma crise de riso e me fazer perder uns 10 minutos refletindo sobre a bizarrice da situação.

Já não basta produzir alimentos de baixo valor nutricional com ingredientes que vão lentamente entupindo as artérias, vasos e afins, agora a indústria alimentícia está indo direto ao cerne, atacando pobres criancinhas indefesas (e famintas, coitadas). Maldita sede de lucro, go home yankees que roubaram nosso ouro no vôlei masculino! Ok, ok, eu sei que a Nestlé não é americana e sim suíça (porque afinal quem trabalha em multinacional americana sou eu), e que eu saiba a Suíça saiu pior das Olimpíadas do que o Brasil, mas no final tudo se resume ao capitalismo cada vez mais selvagem e excludente.

Fazendo um summary da situação e highlightando os key take aways: Preciso ur-gen-te-men-te de férias!!

Diálogo

M. (o mais novo amigo para todas as horas) :
- Teve uma época em que eu preferia nem ter conhecido minha ex-namorada, para não sofrer o tanto que eu sofri quando a gente terminou.
Juliana (depois de 15 segundos em silêncio pensando em algo inteligente pra responder) :
- Quer um abraço?

Uma semana de insônia

Um carneirinho
Dois carneirinhos
Três carneirinhos e meio...
Ai, peraí, eu esqueci a cerca! Meus carneirinhos estão pulando no ar! Acho que não faz muito sentido né...vou ter que recomeçar a contar.
Ou não? Tecnicamente, o que será que faz a gente dormir: o carneirinho? O fato dele estar pulando sobre uma cerca? Ou ainda a trilha sonora monótona de fundo (tem que ter uma trilha, não?)
Ok, vamos focar. Já passa da meia-noite e hoje eu absolutamente preciso dormir.
Quatro carneirinhos
Cinco carneirinhos
Seis carneirinhos...
Aliás, certeza que essa história de contar carneirinhos não nasceu no Brasil. Isso tá mais com cara das pastagens dos Alpes suíços ou do Tirol (lembra do "Anton aus Tirol"? hahaha). Se isso tivesse sido inventado por essas terras tupiniquins, estariam embalando nosso sono algo como cachorrinhos pulando a cerca ou bois correndo pelo pasto (quem sabe até um Marruá!).
Vixi...tá difícil dormir...esquece o Marruá, vamos voltar para os carneirinhos branquinhos.
Carneirinhos branquinhos
Carneirinhos branquinhos
"Foi quando meu pai me disse filha...você é a ovelha negra da família..." - total a música da minha adolescência! Quer dizer, meu pai nunca me disse que eu era assim um ovino afro-americano, mas eu frequentemente me sentia como o tal. Foi uma época um tanto quanto conturbada da minha vida. Demorou para eu sentir que me encaixava em algum lugar. Fico feliz hoje em ter deixado toda essa insegurança bem guardadinha no passado.
Aiiii já tá começando a amanhecer...preciso mudar de tática, esses carneirinhos não tão me ajudando em nada a dormir!
Já sei, vou tentar o relaxamento...técnicas de Yôganidrá...
Concentra, concentra:
"Imagine uma névoa branca entrando pela sola dos seus pés..."
ui, it tickles! hihihih
"Essa névoa aos poucos vai -
- TRIIIIIIIIIIIMMMMMM
Nã-ã-ã-ãooooo! Droooooga! Mais um dia capotada na frente do computador!

Ás vezes eu tento

- Mas por que você não quer?
- Por que não ué!
- Mas o que eu te fiz?
- Nada. E nem vai fazer. Não vou te dar a oportunidade.
- Esse desprezo é a sua fuga. Sabe disso, não?
- Pode ser. Mas prefiro assim. A torre de marfim é mais segura.
- Olha a vida passando...
- Olhar? Estou é vivendo! Continuo freqüentando filas de cinema, esquinas e mesas de bar...procuro algo que ainda não encontrei.
- E eu aqui do seu lado todos os dias, com flores e massagens...
- E eu aqui dentro de mim, com meus sonhos, minhas viagens...
- Quer que eu desista?
- Nunca! Você me faz bem, alimenta meu ego, ampara minha carência. Te quero assim, exatamente assim.
- Estou me sentindo usado...
- Combinado não é caro. No nosso caso, tá tudo tão claro e tão barato que nem vale pechinchar...

Natal de 1914

Quando em dúvida, reflita.
A paz é efêmera, mas os corações são humanos, as guerras são frias e a vida é cruel. Nada muda substancialmente da noite pro dia, a não ser o seu ponto de vista.
Você pode se esconder no fundo das trincheiras, ou estufar o peito e tocar uma gaita de fole, "Dreaming of Home".
A escolha é sua, e as consequências também.
Merry Christmas, Joyeux Noël und ein Frohe Weihnachten für alles!

Ah meu caro Drummond, viver dói sim...

Não sei por que insisto
Por que ainda tento, me arrisco.
Por que não sumo, desapareço?
Pra que viver assim, no precipício...
Ao menor sinal negativo, esmoreço
O chão some, se desfaz
Pra que ser tão inconsequente
Ignorar meus sentimentos
Colocando em risco a minha paz?
Aprende, menina, enquanto é tempo
O que não vale, deixar pra trás
Dizer adeus pode ser triste
Mas a vida é curta, como se faz?
Não sufoque o que não existe,
Pois fechar os olhos, já não dá mais.