Sunday, November 9, 2008

Laissez faire, laissez passer

Hoje fui ao shopping e comprei um edredon de algodão egípcio. Aproveitei e comprei também um jogo de lençol, também egípcio, também de 350 fios. Almofadas decorativas pra combinar. E, para dar um clima ao momento, um CD do Michael Bublé.
Por que?
Não "porque eu mereço", porque desde sempre sou uma menina boazinha e mesmo assim só dormia em lençóis de algodão. Nem tampouco "porque eu quis", porque não sou boba nem nada e luxos assim sempre fizeram parte do meu sonho de consumo, apesar de nunca tê-los concretizado.
Então...simplesmente porque "eu posso"! Não da maneira arrogante que possa soar, mas de uma maneira triunfante, realizada e esclarecida.
Hoje eu poderia já ter formado uma família, com marido, filhos e todas as demais peças integrantes do pacote, como muitas mulheres da minha idade.
Mas escolhi desvendar o mundo e me entregar aos prazeres pequeno-burgueses que, confesso, me fazem tão bem.
Hoje, tranquilamente, levanto a questão: pode ser que, talvez, o caminho tradicional não seja o meu caminho. Meus passos talvez sejam grandes demais para andarem acompanhados.
E quão grande não é a minha surpresa ao descobrir que sim, se pode ser feliz assim!

Recado para mim mesma no futuro: Antes de resolver ter filhos, lembre-se do algodão egípcio.

1 comment:

Oksana said...

Eu estou convencida de que o importante é se sentir bem na própria companhia, e isso inclui os momentos em que houver mais alguém presente.
Ainda não tenho condição alguma de desfrutar de prazeres mínimo-burgueses (o básico agora é luxo), mas fico feliz por dormir gostoso em qualquer tipo de lençol... E quando chegar a minha vez de escolher os egípcios, vou desfrutar deles, bem sozinha ou bem acompanhada!
Viva as conquistas de cada dia, amiga!